terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Outras dimensões do ser humano: memórias de uma experiência de quase morte

Dimensões  de tratamento e cura, príncipios pós morte biológica



Com lucidez, usando as interpretações conscientes da memória, descrevo a estação de tratamento do corpo psíquico e espiritual, a qual chamarei de anima ou animus, utilizando a perspectiva de Jung e mente desperta no despertar da outra dimensão.
O corpo biológico, encerra a anima e a mente consciente, contendo-o  das  viagens astrais de forma consciente e possibilitando-as quando o corpo biológico está em repouso e a mente desperta ou anima está em seu pleno funcionamento.
O local da estação de tratamento,para onde vão as pessoas que se envolveram com vícios  é um local amplo, sem dimensões restritas, como paredes e localizado num eixo espaço tempo que impressiona por sua fluidez. Ao mesmo tempo, é um local seguro, pois é uma estação de tratamento e de recuperação.
Existem coisas que se assemelham a camas, onde a cor predominante é branca e seres que não são humanos, mas que se assemelha pela sua aparência , estão constantemente em pé ao lado das almas que permanecem deitadas, frágeis e vulneráveis, pois já não tem o corpo biológico e seu aparato imunológico, mas que estão sendo protegidas por forças cuidadoras.
Os seres iluminados por sua superioridade evolutiva fazem passes utilizando suas mãos, aonde saem energias luminosas de uma cor suave, entre o branco e o lilás, pressionando suavemente a fronte e o local do coração.
O seu objetivo é de eliminar qualquer substância fluida que os maus hábitos causados por vícios humanos tenham deixado na alma da pessoa que está sendo tratada.
O princípio evolutivo, a ascensão espiritual para esferas superiores do ser e do existir, não aceitariam energias negativas provindas do elemento terreno, com origem vegetal ou animal, pois a Terra traz uma dimensão de estágio onde passam os seres para sua caminhada de evolução até o Único.
As substâncias contidas na bebida alcóolica, no antibiótico, nas drogas lícitas, como o tabaco ou ilícitas, como o crack e a cocaína, são substâncias impuras, com princípio destruidor.
Freud utilizava-as em si e em seus pacientes, mas embora estivesse descobrindo os outros pontos de intersecção entre o self e o exterior, prejudicou suas descobertas, utilizando princípios de fontes negativas.
Tais usos fizeram dele um escravo desses vícios, interrompendo sua ascensão evolutiva da compreensão do que é ser humano e consciente de outras esferas de pensamentos, emoções e sentimentos, que poderia elevar a compreensão de nós mesmos e que essa compreensão pudesse ser utilizada para benefícios evolutivos.
A liberdade de poder escolher ainda é a melhor liberdade, mas é necessário que se passem mais algumas centenas de anos para que possamos descobrir outros mundos além daquelas sombras que são projetadas na nossa caverna.


 Para saber mais:

http://www.acasadoespiritismo.com.br/saude/emmanuel.htm


 http://www.istoe.com.br/reportagens/357470_FREUD+E+A+COCAINA
http://www.scielo.br/pdf/rlpf/v11n3/06.pdf 


 https://pt.wikipedia.org/wiki/Anima_e_Animus
O Mito da caverna:
www.uern.br/professor/arquivo_baixar.asp?arq_id=1738




segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

INFECÇÃO URINÁRIA O QUE É E COMO ACONTECE

Diagnóstico das infecções do trato urinário





Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302005000600008


Hélio Vasconcellos Lopes; Walter Tavares
Sociedade Brasileira de Infectologia. Sociedade Brasileira de Urologia


Método de coleta de evidências: Trabalhos publicados em revistas médicas nos últimos dez anos e pesquisa na internet.
Grau de recomendação e força de evidência científica:
A:
Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência.
B:
Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência.
C:
Relatos de casos (estudos não controlados).
D:
Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.

Objetivo
Apresentar, de forma sucinta e didática, as diretrizes fundamentais para o diagnóstico das infecções do trato urinário.

Conflito de interesse
Nenhum conflito de interesse declarado.

Introdução
A infecção sintomática do trato urinário (ITU) situa-se entre as mais freqüentes infecções bacterianas do ser humano1,2(D), figurando como a segunda infecção mais comum na população em geral3(D), predominando entre os adultos em pacientes do sexo feminino4(D). Nas crianças, particularmente no primeiro ano de vida, a infecção urinária também é muito comum, predominando igualmente no sexo feminino; nesta população de pacientes pediátricos, predomina a pielonefrite, recorrente na maioria dos casos devido à presença de refluxo vésico-ureteral, uni ou bilateral5(A)6(C ).

Definição
A infecção urinária pode comprometer somente o trato urinário baixo, o que especifica o diagnóstico de cistite, ou afetar simultaneamente o trato urinário inferior e o superior; neste caso, utiliza-se a terminologia infecção urinária alta, também denominada pielonefrite. A infecção urinária baixa ou cistite pode ser sintomática ou não7(D).
As infecções do trato urinário podem ser complicadas ou não complicadas, as primeiras tendo maior risco de falha terapêutica e sendo associadas a fatores que favorecem a ocorrência da infecção. A infecção urinária é complicada quando ocorre em um aparelho urinário com alterações estruturais ou funcionais8,9(C).
Habitualmente, as cistites são infecções não complicadas enquanto as pielonefrites, ao contrário, são mais complicadas, pois em geral resultam da ascensão de microrganismos do trato urinário inferior e estão freqüentemente associadas com a presença de cálculos renais10(C)4,7(D ).
Tanto a infecção urinária baixa como a alta podem ser agudas ou crônicas e sua origem pode ser comunitária ou hospitalar11(D).

Epidemiologia
A maior suscetibilidade à infecção no sexo feminino é devida às condições anatômicas: uretra mais curta e sua maior proximidade com vagina e com ânus3,4(D). Outros fatores que aumentam o risco de ITU nas mulheres incluem: episódios prévios de cistite, o ato sexual, o uso de certas geléias espermicidas, a gestação e o número de gestações, o diabetes (apenas no sexo feminino) e a higiene deficiente, mais freqüente em pacientes com piores condições socioeconômicas e obesas10(C)3,4(D ).
No adulto do sexo masculino, favorecem a ITU a instrumentação das vias urinárias – incluindo-se o cateterismo vesical - e a hiperplasia prostática12,13(D); nos idosos e em indivíduos hospitalizados, as taxas de ITU também são elevadas pelos fatores citados e por inúmeros outros, relacionados àquela faixa etária12,13(D). As taxas de ITU são bem maiores nos homossexuais masculinos, estando relacionadas com a prática mais freqüente de sexo anal não protegido14(B), e também nos indivíduos com prepúcio intacto15(B). Nos indivíduos com o vírus HIV, a infecção, por si só, é um fator de risco para ITU, aumentando em relação direta com a queda dos níveis dos linfócitos CD4+16(B).
Nos hospitalizados submetidos a cateterismo, a presença de sistema de drenagem de urina aberto resulta em bacteriúria em 100% dos casos, após quatro dias. Já naqueles com sistema de drenagem de urina fechado, a bacteriúria irá ocorrer em 5% a 10% dos casos, por dia de manutenção do cateter. Note-se que a ITU adquirida em hospital é considerada a principal causa de bacteremia por bacilos gram-negativos. As ITU adquiridas em hospital são as nosocomiais mais freqüentes em todo o mundo, representando cerca de 50% do total das infecções adquiridas em hospitais gerais e, em custo, 14% do valor total dispendido com as infecções nosocomiais13(D).

Etiologia
Os agentes etiológicos, mais freqüentemente envolvidos com ITU adquirida na comunidade, são, em ordem de freqüência: a Escherichia coli, o Staphylococcus saprophyticus, espécies de Proteus e de Klebsiella e oEnterococcus faecalis. A E. coli, sozinha, responsabiliza-se por 70% a 85% das infecções do trato urinário adquiridas na comunidade, e por 50% a 60% em pacientes idosos admitidos em instituições17(C)7,18( D). Contudo, quando a ITU é adquirida no hospital, em paciente internado, os agentes etiológicos estão diversificados, predominando as enterobactérias, com redução na freqüência de E. coli (embora ainda permaneça habitualmente como a primeira causa), e um crescimento de Proteus spPseudomonas aeruginosa,Klebsiella spEnterobacter spEnterococcus faecalis e de fungos, com destaque para Cândida sp17,19(C)7(D ).

Diagnóstico
Diagnóstico clínico
A infecção do trato urinário baixo (cistite), quando sintomática, exterioriza-se clinicamente pela presença habitual de disúria, urgência miccional, polaciúria, nictúria e dor suprapúbica. Febre, neste caso, não é comum. Na anamnese, a ocorrência prévia de quadros semelhantes, diagnosticados como cistite, deve ser valorizada7(D).
O aspecto da urina pode também trazer informações valiosas: urina turva (pela presença de piúria) e/ou avermelhada (pela presença de sangue), causada por cálculo e/ou pelo próprio processo inflamatório7(D).
A infecção do trato urinário alto (pielonefrite), que habitualmente se inicia como um quadro de cistite, é habitualmente acompanhada de febre – geralmente superior a 38 graus centígrados – de calafrios e de dor lombar, uni ou bilateral. Esta tríade febre mais calafrios mais dor lombar está presente na maioria dos quadros de pielonefrite. A dor lombar pode se irradiar para o abdômen ou para o(s) flanco(s) e, mais raramente, para a virilha, situação que sugere mais fortemente a presença de cálculo, com ou sem infecção, na dependência da presença dos outros sintomas relacionados. Os sintomas gerais de um processo infeccioso agudo podem também estar presentes, e sua intensidade é diretamente proporcional à gravidade da pielonefrite. A maioria dos pacientes com pielonefrite refere história prévia de cistite, geralmente detectada nos últimos seis meses9(C)1(D).
Diagnóstico laboratorial
A infecção urinária é caracterizada pelo crescimento bacteriano de pelo menos 105 unidades formadoras de colônias por ml de urina (100.000 ufc/ml) colhida em jato médio e de maneira asséptica. Em determinadas circunstâncias (paciente idoso, infecção crônica e uso de antimicrobianos) pode ser valorizado crescimento bacteriano igual ou acima de 104 colônias (10.000 ufc/ml)10(C)20(D ).
A bacteriúria assintomática é definida como a presença de, no mínimo, 105 colônias/ml da mesma bactéria em pelo menos duas amostras de urina em paciente, habitualmente mulher, que não apresenta os sintomas de infecção urinária habituais21(D).
1. Exame de urina I com sedimento urinário. Este exame irá fornecer, quando associado à anamnese e ao quadro clínico, os dados que praticamente confirmam o diagnóstico de ITU: presença de piúria (leucocitúria), de hematúria e de bacteriúria. Os valores encontrados são, habitualmente, proporcionais à intensidade da infecção7(D).
2. Urocultura. A cultura de urina quantitativa, avaliada em amostra de urina colhida assepticamente, jato médio, poderá fornecer, na maioria dos casos, o agente etiológico causador da infecção e trazer subsídio para a conduta terapêutica. Sua importância crescerá quando, diante de falha da terapia empírica, possibilitará a realização do teste de sensibilidade in vitro (antibiograma), que orientará uma nova conduta terapêutica7,20(D).
Fator limitante à importância da cultura de urina é a demora habitualmente exigida para a obtenção do seu resultado. Na grande maioria das vezes, a paciente com cistite não complicada, tratada empiricamente, já está clínica ou mesmo microbiologicamente curada quando o resultado da cultura é fornecido; nestas situações, este exame torna-se inútil, além de dispendioso10,22(C)7(D).
3. Teste de sensibilidade in vitro a antimicrobianos (TSA). O antibiograma, como é habitualmente reconhecido este exame, atua complementarmente à cultura de urina. Na rotina das cistites não complicadas, sua utilidade é pequena, haja vista a predominância maciça e resolutiva da terapia empírica. No entanto, naqueles casos em que ocorre falha desse tipo de terapia, nas pielonefrites e nas infecções urinárias hospitalares, a presença do antibiograma é de grande utilidade. Igualmente sua importância cresce nas cistites complicadas, quando o risco de insucesso da terapia empírica aumenta. O antibiograma fornecerá os antimicrobianos potencialmente úteis a serem prescritos2,7(D).
4. Hemocultura. Este exame não tem nenhum valor em pacientes com cistite. No entanto, diante de um quadro de pielonefrite, torna-se potencialmente valioso; sua positividade, nesta infecção, situa-se entre 25% a 60% e, além da informação do agente etiológico (nem sempre identificável na urocultura), indica para o risco de uma sepse, sugerindo uma potencial gravidade7(D).
5. Exames de imagem. A ultra-sonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética têm indicação restrita àqueles casos de cistite/pielonefrite não resolvidos com terapia empírica; assumem maior importância para o diagnóstico de complicações e, também, para evidenciar alterações estruturais e/ou funcionais do sistema urinário23(C)24,25 (D).

Referências
1. Stamm WE, Hooton TM. Management of urinary tract infections in adults. N Engl J Med 1993;329:1328-34.
2. Warren JW, Abrutyn E, Hebel JR, Johnson JR, Schaeffer AJ, Stamm WE. Guidelines for antimicrobial treatment of uncomplicated acute bacterial cystitis and acute pyelonephritis in women. Infectious Diseases Society of America (IDSA). Clin Infect Dis 1999;29:745-58.
3. Valiquette L. Urinary tract infections in women. Can J Urol 2001;8:6-12.
4. Hooton TM. Pathogenesis of urinary tract infections: an update. J Antimicrob Chemother 2000;46:1-7.
5. Le Saux N, Pham B, Moher D. Evaluating the benefits of antimicrobial prophylaxis to prevent urinary tract infections in children: a systematic review. CMAJ 2000;163:523-9.
6. Zmyslowska A, Kozlowski J, Zielinska E, Bodalski J. Urinary tract infections in children under three years of age. Pol Merkuriusz Lek 2003;14:319-21.
7. Hooton TM, Stamm WE. Diagnosis and treatment of uncomplicated urinary tract infection. Infect Dis Clin North Am 1997;11:551-81.
8. Naber KG. Treatment options for acute uncomplicated cystitis in adults. J Antimicrob Chemother 2000; 46:23-7.
9. Ronald AR, Harding GK. Complicated urinary tract infections. Infect Dis Clin North Am 1997; 11:583-92.
10. Fihn SD. Clinical practice. Acute uncomplicated urinary tract infection in women. N Engl J Med 2003; 349:259-66.
11. Stamm WE, Norrby SR. Urinary tract infections: disease panorama and challenges. J Infect Dis 2001; 183:(Suppl 1): S1-4.
12. Warren JW. Catheter-associated urinary tract infections. Infect Dis Clin North Am 1997; 11:609-22.
13. Pewitt EB, Schaeffer AJ. Urinary tract infection in urology, including acute and chronic prostatitis. Infect Dis Clin North Am 1997; 11:623-46.
14. Barnes RC, Daifuku R, Roddy RE, Stamm WE. Urinary-tract infection in sexually active homosexual men. Lancet 1986; 1:171-3.
15. Spach DH, Stapleton AE, Stamm WE. Lack of circumcision increases the risk of urinary tract infection in young men. JAMA 1992; 267:679-81.
16. Pinho AM, Lopes GS, Ramos-Filho CF, Santos O da R, Oliveira MP, Halpern M, et al. Urinary tract infection in men with AIDS. Genitourin Med 1994; 70:30-4.
17. Bishara J, Leibovici L, Huminer D, Drucker M, Samra Z, Konisberger H, et al. Five-year prospective study of bacteraemic urinary tract infection in a single institution. Eur J Clin Microbiol Infect Dis 1997; 16:563-7.
18. Gupta K, Hooton TM, Stamm WE. Increasing antimicrobial resistance and the management of uncomplicated community-acquired urinary tract infections. Ann Intern Med 2001; 135:41-50.
19. Carton JA, Gomez Moro MB, Gonzalez Lopez B, Maradona JA, de Diego I, et al. Nosocomially acquired infection of the urinary tract. Enferm Infecc Microbiol Clin 1989; 7:408-14.
20. Orenstein R, Wong ES. Urinary tract infections in adults. Am Fam Physician 1999; 59:1225-34.
21. Nicolle LE. Asymptomatic bacteriuria in the elderly. Infect Dis Clin North Am 1997; 11:647-62.
22. Mohammad M, Mahdy ZA, Omar J, Maan N, Jamil MA. Laboratory aspects of asymptomatic bacteriuria in pregnancy. Southeast Asian J Trop Med Public Health 2002; 33:575-80.
23. Rushton HG. Urinary tract infections in children: epidemiology, evaluation, and management. Pediatr Clin North Am 1997; 44:1133-69.
24. Kaplan DM, Rosenfield AT, Smith RC. Advances in the imaging of renal infection: helical CT and modern coordinated imaging. Infect Dis Clin North Am 1997; 11:681-705.
25. Patterson TF, Andriole VT. Detection, significance, and therapy of bacteriuria in pregnancy: update in the managed health care era. Infect Dis Clin North Am 1997; 11:593-608.

sábado, 28 de junho de 2014

Paleoparasitologia, ponto de encontro entre a medicina e a arqueologia,










Ao pesquisar um dos pontos convergentes entre Medicina e  Arqueologia, descobri esse ponto focal e surpreendi-me com esse ramo criado por um médico brasileiro: a Paleoparasitologia.
Das minhas fontes de pesquisa na Internet, descobri um achado inestimável: um livro chamado " A história secreta da raça humana"  de Michael A. Cremo e Richard L. Thompson, onde os autores , através de pesquisas ,tiveram conhecimento de uma pegada humana feita há 3,6 milhões de anos atrás, desconstruindo toda descoberta arqueológica, desde Darwin até o Australopitecus.
Remonto-me a Bachelard, que afirmava, usando um termo construído pela minha assimilação:
Todo conhecimento humano é uma hipótese em descontrução permanente....


Fonte:
http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=8615
https://www.dropbox.com/s/s45ei8rnqtlpusq/a%20hist%C3%B3ria%20secreta%20da%20ra%C3%A7a%20humana%20-%20michael%20a.%20cremo%20e%20richard%20l.%20thompson.doc



A ESPÉCIE HUMANA PRIMITIVA NO BRASIL
http://youtu.be/qgKyUJLbF6k

sexta-feira, 13 de junho de 2014

QUESTÕES DE GÊNERO- A SEXUALIDADE FEMININA

Abandona-se na escola pública a possibilidade de utilizar os dois termos feminino e masculino ao se referirem sobre os objetos da vida cotidiana, perpetuando-se o poder masculino como ideal e hegemônico.
No entanto, estudos apontam para a redescoberta do direito de ser feminino, desconstruindo  tabus ligados a sexualidade feminina ligadas a condicionamentos políticos e sócio historicamente construídos.
Ao frequentar Universidades atualmente, percebe-se que a atenção está voltada para o masculino: o direito de ser gay, encabeçado por figuras da mídia, como um político que é celebridade no mundo do reality show, Identidade fabricada para consumo imediato.
Acredito que ao discutir sexualidade de forma acadêmica e científica, dota ao pré-adolescente o direito de escolher seus caminhos e prevenir-se contra condutas que representem riscos a sua integridade física, moral e psicológica.
Esse documentário mostra com simplicidade o direito de se ter uma sexualidade tão importante quanto a masculina e usa-la de forma saudável, desde que se possa prever os riscos e as consequências de tais atos.
Estudar as sexualidades não demonstra uma personalidade doentia fixada em sexo, mas sim, um ponto de equilíbrio, que elege o tema como objeto de estudo.





domingo, 5 de agosto de 2012

A INFÂNCIA ROUBADA




Gilza Garms, do Departamento da Educação do Curso de Pedagogia, da UNESP de Assis, um dia, iniciou a sua aula, do Curso de Habilitação do Magistério para a Educação Infantil com esses termos: Infância roubada.
Utilizando um texto de Sônia Kramer, ela nos falou de crianças que vivem dentro de esgotos e de crianças que são adultizadas precocemente, utilizando maquiagem, sapatos de salto alto, e que gastam muito dinheiro em salões de beleza.
Esses dois grupos de crianças tem a sua infância roubada.


Crianças que entrem na escola e não conseguem se alfabetizar ou se tornam analfabetos funcionais, também tem a sua infância roubada. Não apenas a infância, mas a adolescência, a vida adulta,
Crianças que são vítimas de maus tratos, abusos sexuais, privação de afeto, alienação parental, falta de alimentos, higiene precária ou inexistente, moradia inadequada.
É evidente que toda criança que sofre maus tratos na infância tem uma possibilidade maior de ser um adulto agressor.
O livro de Michael Lewis “Alterando o destino” que trata da forma como educamos as nossas crianças pontua que devemos respeitar a vontade da criança e conduzi-la não como um sujeito refém dos seus estágios de desenvolvimento, mas, sobretudo alguém que tenha direito de fazer as suas próprias escolhas desde a mais tenra idade.
Isso não quer dizer que as crianças devem ser entregues a si mesma, sem a direção ou a orientação dos adultos, mas sim, que o professor consiga enxergar o seu papel de mediador na aquisição do ensino e ser colaborador e construtor e tratar a criança como um sujeito de direitos e deveres, mostrando a ela que pode modificar sua história de vida se assim o quiser.
Penso que as instituições públicas devem investir na criança, pois uma criança na escola recebendo alimentação, dignidade e educação adequadas é um adulto a menos em uma cadeia no dia de amanhã.
Peço ao Senhor Secretário da Educação em Assis que não interrompa o Projeto Beija Flor, pois ali vidas são reconstruídas e novas histórias podem ser contadas.
Sugiro a Professora Ângela Canassa, caso seja eleita Prefeita de Assis que continue o excelente trabalho social desenvolvido na sua Gestão como Secretária da Educação.
Solicito também ao Departamento de Psicologia da UNESP de Assis que criem cursos de formação continuada aos professores das séries iniciais  que criem Cursos da psicologia do desenvolvimento infantil para que se entenda de forma científica como são as estruturas cognitivas, afetivas e culturais das crianças e como os professores podem, a partir desse conhecimento, ter um norte mais adequado para trabalhar com as crianças com dificuldades de aprendizagem e alunos superdotados.
O Brasil hoje conta com uma mulher na Presidência e ainda que se circule boatos de que a nossa Presidenta seja a favor do aborto, ela tem estado a frente de políticas públicas para atender as crianças de baixa renda.


Mas não é necessário somente dar o peixe, é necessário ensinar a pescá-lo.
Estimular a população na busca do conhecimento que liberta suas vidas da miséria e da opressão.
Imagino que quando Fernando Capovilla acusa a Psicologia de omissão no atendimento das crianças brasileiras, ele o faz em parte porque tem certa razão, e em parte porque essas abordagens são evitadas, por serem complexas e difíceis de trabalhar.
Mas existe o ponto de partida e eu, como Professora, ciente da minha situação de devir professora e visualizando o meu aluno como devir aluno, parto desses devires para colocar uma minhoquinha do bem  nas cabeças das pessoas conscientes que estão lendo esse Blog.
Uma minhoquinha que não é caraminhola, mas que é a secreta esperança que a infância de nossas crianças não seja mais roubada, mas acrescentada e vivenciada na sua forma mais plena.